segunda-feira, 20 de outubro de 2008

...afinal amar ao próximo é tão demodê!

Achei esse texto no PC...escrevi faz tempo mas não postei...nem sei por que...Não tem nada de especial nem de espetacular...só um pouco b-side...


 

Intrigante! É a palavra mais cabível pra começar esse texto, tenho pensado, repensado e pensado de novo nesse lance de amor, e vejo o quanto "out" está ele para o mundo atual, amar está totalmente fora de cogitação em qualquer lugar do mundo, não existem motivos racionais pra você gostar de uma pessoa estranha ou que lhe cause certa aversão. Alguns filósofos como Nietzsche e Sartre, não só tinham algo contra o sentimento, mas falavam que o mesmo era a causa da humanidade nunca ir pra frente, a humanidade de certo modo tem um ciclo retrógrado pela compaixão pelos mais fracos, e com essa motivação nosso mala Adolf Hitler massacrou cerca de cinco milhões de judeus, afim de fazer uma nação perfeita Etnicamente!

E realmente, não é agradável essa idéia de amar quem a gente não conhece, é bonito, nos compadecemos de Madre Teresa e outros tantos que amaram pessoas completamente largadas ao léu, mas nunca nos imaginamos fazendo isso! Largar nossa comodidade, as pessoas que "merecem" o nosso amor, isso está completamente fora do nosso manual da vida pratica. O único amor que conhecemos e damos valor é para o amor Eros que seria o amor ou atração por uma pessoa de outro sexo (ou do mesmo hoje em dia, vai lá saber como o mundo anda né?) ou o amor próprio, o nosso orgulho e medo da desvalorização do "eu", porque sem o "eu" o mundo acaba, de que adianta um mundo sem "eu"?... Seria a mesma coisa de uma televisão ligada na sala pra ninguém estar assistindo!

É essa a idéia que o mundo tem, pra que amor? Por que me importar com quem nem liga pra mim? Por que gostar de alguém que me odeia? Pra que me esforçar pra amar a quem eu odeio? A única coisa que possa nos convencer que o amor é uma coisa boa é o fato de nos sentirmos amados. No mundo ninguém vai pra frente por amar, todos tem que merecer algo, o mundo tenta nos vender o amor ou aceitação, desde a pré escola a criança é rotulada por grau de aprendizagem, no primeiro grau ela batalha pra ganhar as notas de uma escala de 1 a 10, ela se sente aceita pelos pais de acordo com que ela conquista e essa "maldição" vai seguindo por todo o colegial, o primeiro emprego até que ela fique cauterizada em si mesma, e acha que pras pessoas merecerem algo dela, elas terão que se esforçar muito até que provem que são dignas do seu amor.

Mas Deus causou uma reviravolta grande em relação a isso, Ele veio na terra em forma de homem exatamente para cumprir a única coisa que poderia nos salvar, Ele morreu por nós mesmo sendo indignos, o amor que nos salvou se fosse por nossa medida nunca estaria disponível a ninguém, o amor que fez com que Ele morresse, a razão por terem matado Ele. É que pelo amor todas as bases nas quais a terra estava erguida sociologicamente, politicamente, financeiramente, entrariam em colapso, foi o que eles pensaram, mas pela boca do próprio Jesus, Ele disse que não veio causar revolução nenhuma, apenas cumprir a justiça.

O mundo não ganha nada amando, as maiores fontes de lucro na economia mundial são ganhos em cima da desgraça alheia, a seca é fonte de lucro para coronéis, a máfia do sangue suga, foi instaurada exatamente pra desviar dinheiro de um setor carente, mas eles nada mais nada menos fizeram aquilo que ouvimos por ai, primeiro valorizar quem a gente ama, amar quem a gente ama, odiar quem a gente odeia, e não ligar para os que não precisam de atenção, é da natureza, sem isso haveria colapso. E a única coisa que pode destruir esse ciclo de desgraça é o amor, ou a graça. Já imaginaram se a gente simplesmente revidar tudo aquilo que a gente ganha? Se Israel com um dos maiores potenciais nucleares do mundo, decidir lutar contra a Alemanha mesmo décadas depois do Holocausto, exatamente por uma vingança que aos olhos do mundo não é nada mais justo? Muitos países ainda lutam e perdem, por um senso de justiça totalmente inviável, um jogo de tomá-la-dá-ca, que quem mais sofre são exatamente os miseráveis que nem sabem pelo que estão brigando, mas segundo o mundo isso é justo, é vingança, amor aos que merecem, ódio aos que merecem, e ligar só para os que são importantes para gente!

Somente o amor pode quebrar essas cadeias, somente o mesmo amor que tirou a Henry Nowen de uma vida confortável pra mandá-lo para cuidar de uma pessoa com paralisia cerebral, que fez o mundialmente famoso DR Paul Brand nem ligar pro titulo de um dos maiores homens da medicina e se especializar na lepra, que tirou Deus do seu trono e o fez vir pra uma terra onde todos o odiavam e acabaram matando, para salvar os mesmos que o mataram.

Como diria Nietzsche o amor nos torna retrogradas, e ele está certo, mas até onde iremos avançar nessa torre babel? Somente o amor incondicional que foi criado e ensinado por Deus, pode libertar vidas e curar necessitados, e ninguém melhor do que alguém que passou doze horas nas mãos da própria criação sendo executado por tentar salva-los pode explicar realmente como o amor deve agir nesse mundo.

2 comentários:

Pod papo - Pod música disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pod papo - Pod música disse...

Excelente texto!
O meu post fala mais ou menos sobre amor ao proximo também, e o meu próximo post é sobre esse ciclo que nunca acaba (rs..coincidência né)..Mas o que você falou é a mais pura verdade. Aos olhos do mundo a guerra seria muito bem vinda por causa desse espírito vingativo que o homem tem, só que ninguém consegue enxergar o sofrimento que milhares de pessoas passariam por causa disso. O mundo já tem tragédias o suficiente e não precisamos de mais uma e para nos libertar dessa sede de vingança que confundimos com justiça, somente o amor pode fazer esse ciclo quebrar, o homem tem que ceder e esquecer o passado. Os sofrimentos de guerras pessadas já acabaram, não vamos causar sofrimento denovo! Essa é a maior razão para amarmos o nosso próximo, temos que amá-lo para não fazer ele sofrer em função da maldade que há dentro da gente.

Beijão!